Interpretação de charges | Intertextualidade
Leia as charges a seguir
Texto 1
Texto 2
Texto 1
Texto 2
1. No texto 1, por que o slogan sugerido por um dos personagens poderia constituir uma proposta interessante?
a) Qual é o objetivo do chargista ao produzir esse texto usando o humor?
b) De que forma o chargista emprega a intertextualidade na produção desse texto?
c) Que recurso o autor utiliza na charge para despertar a atenção do leitor em relação ao enunciado do slogan?
2. No texto 2, o produtor remete sua leitura a um conto de fadas antigo, atualizando-o. Em que conto ele se baseia? Esclareça sua resposta.
a) O chargista dialoga com o texto-fonte, criando uma relação intertextual de caráter humorístico entre o conto original e a charge. Explique como o autor trabalhou o humor nessa paródia.
b) A charge é um gênero textual, cujo conteúdo expressa, em geral, uma crítica social ou política. Qual é a crítica feita pelo autor nesse texto?
EXEMPLO DE INTERTEXTUALIDADE
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou
como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência,
e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria...
(Bíblia, I Coríntios 13)
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente; soneto 11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)
Intertextualidade com Bíblia, I Coríntios 13 e soneto 11 de Luiz Vaz de Camões
Monte Castelo
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja Ou se envaidece...
O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...
É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
(Renato Russo – Legião Urbana, “As quatro estações”, 1989.)
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